minha retina descortina
a lente de aumento;
isento, estou dentro.
O sol se me bate, concentra
os feixes num ponto branco
que traga a luz e faz surgir
fagulha e fogo.
Minha lupa concentra o mundo.
Fura a folha, o fogo, a relva,
e me repõe, menino, na terra,
entre o mar, o céu e o sol.
Leitores, autores, senhores,
sou eu, seu criado, quem pede:
sede puros, prontos, permeáveis;
eis que vedes que o dia se aproxima.
Um comentário:
Assim, como num fluxo concavo; convexo, por vezes, se dá a ótica magia do poema - do grandiloquente jornal que oprime o peito: "extra-extra..." Salta sobre ele o menino que ora olha formigas, ora incendeia a página criminal com sua lupa. E urge acima de tudo pois é grande e pequeno; é futuro e passado: zássss!!!
é poesia!
Postar um comentário