quão raro momento de nuvem nestas paragens risonhas, rurais, litorâneas, insônias lua nuvem, nuvem, nuvem vento sem som rente ao mar de prata o espelho da lua dança puro e belo no ar calma, calma e certeza, toa uma vida, teorias,encantos, toda uma corrente do pensar, deitada ao chão pela lua sem reflexo, sem sobra, sem rito, a nuvem tão rara e repente é d'água, vento e ar. Dsfaça-te ó nuvem, descubra, a beleza que teu manto oculta desfaça te ó nuvem pois o solista precisa de estrelas, precisa de lua e luar.
A descrição, neste poema, é bastante clara, embora trate de momento nublado. Podemos acompanhar os movimentos, a evolução do sentir e do pensar num progresso lógico. Existe técnica, por um lado, e, por outro, o conteúdo é aprazível, é denso, é lírico profundo. Não. Não é um poema banal.
Sempre tenho dúvida sobre os meus escritos. O momento em que o poemas nasce é como um sólido que é espelido rompendo a carne num momento de constrição. Mas há outro momento, o de partilhar o escrito. Mas... Por que fazê-lo?
É ai que mora toda a incerteza... Por vezes motriz de outro escrito. Por isso nem sempre preterida.
E por isso fico mais grato ainda por suas palavras... Abaços caro colega de palavras "que bailam ao vento".
6 comentários:
quão raro momento de nuvem
nestas paragens risonhas, rurais,
litorâneas, insônias
lua nuvem, nuvem, nuvem
vento sem som rente ao mar
de prata o espelho da lua
dança puro e belo no ar
calma, calma e certeza,
toa uma vida, teorias,encantos,
toda uma corrente do pensar,
deitada ao chão pela lua
sem reflexo, sem sobra, sem rito,
a nuvem tão rara e repente
é d'água, vento e ar.
Dsfaça-te ó nuvem, descubra, a beleza que teu manto oculta
desfaça te ó nuvem pois o solista
precisa de estrelas, precisa de lua e luar.
Acho melhor fazer amor como o céu nublado do que com o céu estrelado e enluarado. Como notou o poeta, o amor no claro, não no escuro, é triste...
Este poema me lembra algo de Manuel Bandeira. Sua construção alegórica em torno de um eixo simétrico me lembra o trabalho do poeta brasileiro.
A descrição, neste poema, é bastante clara, embora trate de momento nublado. Podemos acompanhar os movimentos, a evolução do sentir e do pensar num progresso lógico. Existe técnica, por um lado, e, por outro, o conteúdo é aprazível, é denso, é lírico profundo. Não. Não é um poema banal.
Sempre tenho dúvida sobre os meus escritos. O momento em que o poemas nasce é como um sólido que é espelido rompendo a carne num momento de constrição. Mas há outro momento, o de partilhar o escrito. Mas... Por que fazê-lo?
É ai que mora toda a incerteza... Por vezes motriz de outro escrito. Por isso nem sempre preterida.
E por isso fico mais grato ainda por suas palavras...
Abaços caro colega de palavras "que bailam ao vento".
Feliz, mesmo, por se tratar das palavras-de-fogo do poeta que escreveu: "...Deitar-me-ei, à moda dos desvalidos
Despido dos vãos disfarces do homem
Sem língua e, mesmo, sem expressão
Apenas formas, formas claras e sadias,
Formas simples e serenas
Como ela gostaria. ..."
Simples: Liç~pes de poemas...
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