quinta-feira, 30 de julho de 2009

Dia 30

Hoje o dia foi difícil. Esses dias como o tempo que tem feito; cinzento, sem horizonte. Cabe até pensar em uma similaridade não muito casual. Os dias chuvosos um dia irão passar. Como eu gostaria que dias difíceis e assuntos difíceis, fossem assim. Mas cada dia difícil é uma proposta, requer mais que paciência, inteligência, sabedoria e serenidade. Não raro, procuro muito fundo nestas capacidades, habilidades e experiências, mas não encontro nada muito eficaz. Minha fé não me abandona, mas fé é uma coisa que só cabe nela mesma. Esse é um texto perdido para um dia cheio de constatações supostamente muito realistas. Um sofrimento cinza como o dia de hoje diz que não quer ir embora, que não vai mudar. Não é verdade. Existem coisas que são maiores que meus sentidos, instintos, verdades e previsões. Resta um desejo de ver feliz e ficar feliz. Dele, e só, é o que devo sempre lembrar.

Um comentário:

pedro mota disse...

Caro Wagner, escrever é sempre comunicar. As vias de fazê-lo é que são! Qual? Basta seguir uma moda e pronto. E se isso furtar ao propósito de dizer, por vezes, o indizível?

Gostei muito desse escrito. Ele me emociona muito. É confessional, mas não se alarga em contar banalidades. Diz sobre os espaços vagos da alma. Que tentamos prencher: " Decifra-me ou te devoro!".

Gostaria de ler mais coisas suas assim... De vagos e preenchidos... de luzes e luzes, e sombras; e mais ou menos, tanto faz!

Faz bem mesmo é fazê-lo!

Porque careço de ler coisas assim, numa tentativa sempre caótica de olhar mais um pouco para minhas debilidades, fraquezas, tão humanas...
Valeu!