A valsa tocava para Elisa,
era por e para Elisa,
e não havia, na constelação
de demônios que nos assola,
sombra ou força de trevas
que a pudesse abalar.
Os sons, as vozes, eram outros,
ainda bem cedo de manhã,
antes que as pessoas
entrassem no trabalho.
Pouco depois, a rotina
lhes impunha (ou res-
taurava, como queira),
a voz baixa, o falar pouco,
o rosto sério, o olhar atento.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Vivemos no limiar entre o nosso e o alheio, o trabalho e o tempo livre, a luz e as trevas, o dia e a noite, o bem e o mal. Acredito que essa constante sequência de estados diversos nos fortalece, pois a cada novo momento nasce uma nova oportunidade. A música, esta construção genial do humano com o divino, tem o condão se abrir a porta que leva para o bem, a cada momento e sempre de novo.
De manhã, por volta das seis horas, se encontram os guardas que vão pegar o turno do dia com os caseiros da rua e, quiçá, os peões de obra trabalnhando na região. Se você estiver deitado acordado e começar a ouvir as risadas, dificilmente vai conseguir dormir de novo e fatalmente acordadará de vez.
Postar um comentário