terça-feira, 1 de dezembro de 2009

23 de Outubro de 2009

Hoje minha irmã faria trinta e cinco anos

Hoje não falarei de política

Hoje não fingirei entender

Do que aconteceu, acontece ou acontecerá

Deitar-me-ei, à moda dos desvalidos

Despido do que no homem são rédeas

Sem língua e, mesmo, sem expressão

Apenas formas, formas claras e sadias,

Formas simples e serenas

Como ela gostaria.

2 comentários:

Unknown disse...

Muitas vezes o silêncio é a maior expressão da dor; às vezes o tempo é o melhor remédio pra acalmar a dor da alma, assim como a minha dor pela perda de um irmão foi aliviada pelo silêncio e pelo tempo. Estou sem palavras, pois nestes momentos, o silêncio fala mais alto.

bayas disse...

Incluí neste poema uma homenagem a Drummond; a referência aos "vãos disfarces do homem", expressão que o poeta utiliza na sua "Ode no Cinquentenário do Poeta Brasileiro", poema dedicado a Manuel Bandeira.