Hoje minha irmã faria trinta e cinco anos
Hoje não falarei de política
Hoje não fingirei entender
Do que aconteceu, acontece ou acontecerá
Deitar-me-ei, à moda dos desvalidos
Despido do que no homem são rédeas
Sem língua e, mesmo, sem expressão
Apenas formas, formas claras e sadias,
Formas simples e serenas
Como ela gostaria.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Muitas vezes o silêncio é a maior expressão da dor; às vezes o tempo é o melhor remédio pra acalmar a dor da alma, assim como a minha dor pela perda de um irmão foi aliviada pelo silêncio e pelo tempo. Estou sem palavras, pois nestes momentos, o silêncio fala mais alto.
Incluí neste poema uma homenagem a Drummond; a referência aos "vãos disfarces do homem", expressão que o poeta utiliza na sua "Ode no Cinquentenário do Poeta Brasileiro", poema dedicado a Manuel Bandeira.
Postar um comentário